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Primeira
mensagem do empresário,
onde, além de tentar defender seis árvores (uma ação meritória), ele
também desqualifica seu vizinho Geraldo (comerciante) e a equipe do Parque
Nacional de Itatiaia, e ainda desafia os integrantes do Conselho Gestor a
agirem como "verdadeiros ecologistas". |
From: aryzonis@terra.com.br Date: Tue, 14 Feb 2012 13:33:12 +0000 To: jmoura@hotmail.com CC: Lista de contatos do Conselho Gestor da Microbacia do Alto
Rio Preto Subject: Abate de
seis araucárias na cachoeira do escorrega
A quem possa
ajudar:
Fui informado agora
pela manhã que uma equipe do ICMbio estava na cachoeira do escorrega
autorizando o ABATE DE SEIS ARAUCÁRIAS DENTRO DO TERRENO DO PARQUE, por
solicitação do proprietário de uma birosca (Geraldo) que fica no largo da
cachoeira, que alegou risco a seu negócios.
É um absurdo que a primeira atitude concreta do Parque após a
aquisição da área foi autorizar esse crime ambiental. As araucárias
já estavam lá, adultas, quando foi edificada a construção da
birosca, não apresentando risco, ainda mais sendo seis. Em vez do
Parque desapropriar a biroska, autoriza essa
barbaridade.
Essa é a hora dos
verdadeiros ecologistas se movimentarem com uma ação imediata e concreta,
para impedir que esse crime ambiental seja perpetrado. Amanhã
será tarde. Inês estará morta.
Abaixo relato os
documentos que foram apresentados:
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Uma autorização de corte processo 3809/11 de
11 de julho de 2011 assinada pelo secretario do meio ambiente Domingos
Andrade Baumgrats
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Um anexo de uma autorização do engenheiro
que escreveu no dia 03/11/2011 que estes 6 pinheiros estão em area de
risco e dentro do parque nascional antigo sitio .......de Sergio
valadares, para SMMA processo inf.nt/mkp nº 223/2011
assinado pelo Analista Ambiental Mario Kozlowski Pitombeira
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Segunda mensagem do empresário, onde ele relata a
ação de seus amigos empresários (e igualmente
lideranças da Mauatur) na suspensão do abate das árvores (uma ação meritória,
ainda que no caso impertinente). Mas ele se perde ao se vangloriar da
presteza na realização de uma ação que logo depois se mostraria
inútil e inadequada. Além de continuar tentando desclassificar o comerciante Geraldo, seu
vizinho. |
From: aryzonis@terra.com.br Date: Tue, 14 Feb 2012 18:17:55
+0000 To: jmoura@hotmail.com CC: Lista de contatos do Conselho Gestor da Microbacia do Alto
Rio Preto Subject: Abate de
seis araucárias na cachoeira do escorrega
Graças a pronta mobilização do Julio
e Marco Antonio da MAUATUR, que através de reiterados telefonemas,
conseguiram que o diretor do Parque Nacional, Dr. Walter se dirigisse
imediatamente ao escorrega, determinando a paralisação imediata do
trabalho. Infelizmente uma araucária já havia sido abatida,
mas segundo informações técnicas já estaria comprometida com risco
de cair, Esperamos que o proprietário da birosca, comece a
plantar árvores em vez de abatê-las. Parabéns ao Julio e ao Marco.
"Quem sabe faz a hora, não
espera acontecer..." |
Nesta mensagem, um dos empresários envolvidos de boa-fé
na ação reclama da precipitação ocorrida, que o envolveu e o fez
mobilizar seus esforços e contatos à toa. |
From: "Julio Buschinelli" juliomb@uol.com.br To: "aryzonis"
aryzonis@terra.com.br Sent: Sáb
18/02/12 11:43 Subject: Fwd: Fw: Minuta- resposta corte de
araucárias
Prezado Ary houve
precipitação na denúncia sobre o corte das araucárias, pois conforme laudo
e autorização anexos, havia risco iminente de queda, com possibilidade de
antingirem turistas que diariamente frequentam o local. Segue abaixo
também documento explicativo do Parque do Itatiaia a respeito. Abs, Julio |
Em sua terceira mensagem, o empresário que
iniciou a confusão "reconsidera sua posição" mas não se desculpa com
os integrantes e colaboradores do Conselho Gestor por suas insinuações. Nem com
o comerciante Geraldo, seu vizinho. |
Fromaryzonis@terra.com.br Date: Sat, 18 Feb 2012 17:34:38
+0000 To: juliomb@uol.com.br Subject: resposta
corte de araucárias CC: Lista de contatos do
Conselho Gestor da Microbacia do Alto Rio Preto
Julio, Minha iniciativa foi decorrente de um telefonema me
informando que estavam cortando uma araucária na divisa de nosso terreno
e que outras seriam cortadas em sequência. Instintivamente tomei
todas as medidas possíveis para impedir essa ação. Agora, tendo
tomado conhecimento do risco que elas estavam causando, inclusive após
ter constatado que a única já cortada estava praticamente oca,
reconsiderei minha posição e tornarei pública essa
decisão.
Abraço
Ary
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Parque Nacional de
Itatiaia
Em resposta ao questionamento apresentado, vimos pelo presente
esclarecer:
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No caso em tela, conforme já apresentado pelo Núcleo
Técnico desta Unidade (INF. NT nº 223/2012), que endossa a autorização
emitida pela Prefeitura, os seis exemplares de pinheiro brasileiro
(Araucaria angustifólia), se encontram em sua maioria comprometidos(em
relação às condições fitossanitárias) apresentando inclusive sinais
visíveis de apodrecimento na parte inferior de seus
troncos.
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É importante ressaltar que isto significa que os
exemplares não representam risco somente para o estabelecimento
comercial localizado nas proximidades, mas também oferece risco aos
turistas e demais usuários no local.
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A autorização emitida pela Prefeitura de Itatiaia, já
havia sido devidamente analisada pela equipe técnica da UC. E,
considerando que dentre os objetivos da Unidade está o de garantir a
preservação dos ecossistemas naturais, bem como a segurança no
desenvolvimento das atividades, como o desenvolvimento de recreação em
contato com a natureza e o turismo ecológico, após a confirmação do
risco existente e que as araucárias já estavam comprometidas, a equipe
técnica (devidamente habilitada) definiu as medidas mitigadoras a serem
aplicadas no presente caso.
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Tendo em vista que a mitigação ambiental será feita
através do plantio e manutenção de 60 (sessenta) mudas de pinheiro
brasileiro no interior da Unidade, pelo período mínimo de 2 anos, ou
seja , pelo menos 10(dez) mudas de árvores para
cada pinheiro adulto a ser retirado (em condições fitossanitárias
comprometidas), é evidente que a referida ação vai garantir um ganho
para o ecossistema local, para a Unidade e para os turistas e
visitantes.
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Por fim, informamos que a referida autorização não é a
primeira ação do ICMBio no local, sendo que já estão sendo planejadas e
desenvolvidas diversas ações, como por exemplo a implantação do sistema
de sinalização, ações de educação e informação junto à população e
principais usuários, monitoramento ambiental, além do encaminhamento dos
projetos referente às estruturas de controle, visitação e
proteção, que deverão ser implantados no
local
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